*Na Campanha da Fraternidade de 2015, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) buscou recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e colaboração entre Igreja e Sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II. Um tema de extrema relevância para a humanidade que é o da campanha deste ano: “Fraternidade: Igreja e Sociedade”.
Trazer para dentro de nós mesmos, para dentro de nossas casas, de nossos ciclos de amigos essa discussão é ainda mais importante. Compreender que uma sociedade justa não se constrói apenas dentro da Igreja, mas diretamente na organização social é o primeiro passo para que possamos todos entender, na essência, o que diz o lema da Campanha da Fraternidade 2015, que é “eu vim para servir”. Que aliás, está estampando uma das imagens mais belas da atualidade que é a do nosso Papa Francisco beijando o pé de um presidiário.
Discutir esse tema também me deixa muito confortável porque nasci e fui criada em um ambiente onde sempre se acreditou e se pregou a mudança social por meio da política. Foi assim que meu pai, o ex-governador Joaquim Roriz fez em sua vida pública e foi isso que tanto ele, quanto minha mãe Weslian, ensinaram a mim. De nada vale estar na política se eu não puder mudar, transformar a vida das pessoas. Principalmente das mais pobres, daquelas que, na maioria das vezes, são invisíveis aos olhos da sociedade e até dos próprios políticos, como se olhar para a pobreza e a desigualdade humana fosse papel único e exclusivo da Igreja.
Com esta campanha, reúnem-se senhoras e senhores da política, senhoras e senhores da Igreja e senhoras e senhores da sociedade, em busca do mesmo ideal. O de buscar uma sociedade mais justa e humana. O de transformar vidas a partir da palavra do Evangelho de Jesus Cristo. O de encontrar o verdadeiro sentindo de se fazer política social que é poder transformar pessoas que hoje sofrem com a pobreza, a fome, a desigualdade, a discriminação, em verdadeiros “filhos de Deus”. Em seres capazes e merecedores do olhar atento das instituições Igreja-Política-Sociedade para que possam ter suas vidas transformadas.