SINTELUZ acusa Cristóvão de mudar as regras do jogo

O prefeito Cristóvão Tormin (PSD), empossou no último dia 12, 63 diretores da rede municipal, 14 que passaram pelo concurso e 49 escolhidos por ele. Mas se a noite foi de festa no Centro Cultural Abigail Brasil da Silveira, o mesmo não se pode dizer do clima entre os professores que pagaram R$ 40 para participar de um concurso para escolher os diretores. 

O certame foi realizado em quatro etapas eliminatórias ,quando normalmente é feito em apenas uma eliminatória, e as demais classificatórias. O presidente do Sindicato da Educação de Luziânia (SINTELUZ), Uendel dos Santos Silva, vê muitas irregularidades no concurso público e já avisou que vai entrar com ação no Ministério Público. “Foi um concurso com cartas marcadas que não posso aceitar. Foram mais de 80 professores que se inscreveram para participar do concurso”, disse. 

Uendel questiona ainda o fato de o prefeito Cristóvão Tormin já ter dado posse aos diretores de escola. “O resultado ainda não foi concluído, ainda não se encerrou o processo seletivo. Tudo foi feito ao a revelia da lei”, afirmou o sindicalista que é professor na Escola Getúlio José da Costa, no Jardim do Ingá. Ele se inscreveu para o concurso, mas desistiu. “A lei que rege a eleição é de 1995, quando o prefeito era Delfino Machado. A lei está em vigência e não foi revogada. Além disso, nenhum lei municipal fala sobre concurso para diretor”, comentou. Na verdade, a lei da época do prefeito Delfino Machado determina que os diretores de escola sejam eleitos pela comunidade e não por concurso. “O prefeito indicou diretores que estiveram com ele na campanha, o que é uma vergonha”, falou Uendel. Um diretor recebe 40% de gratificação sobre a remuneração bruta.